quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Gramado adere ao Manifesto contra a corrupção no dia 7 de setembro


A comunidade de Gramado vem dando sinais de forte adesão ao Manifesto contra a Corrupção, marcado para o dia 07 de setembro. Ganhando intensidade principalmente através das redes sociais, como Facebook e Twitter, o ato público que vem sendo incentivado não só por estudantes, mas pela população em geral, promete reunir um número expressivo de pessoas no Ginásio Municipal Perinão, às 13 horas da próxima quarta-feira.  

Na cidade, o clima ainda é de indignação. A maior parte da comunidade expressa uma grande decepção em relação aos últimos acontecimentos envolvendo a organização do Natal Luz - após um ano e meio de investigações por parte do Ministério Público Estadual do RS, surgiram indícios de desvios de dinheiro público na organização do evento. Para a maioria dos munícipes, a situação compromete a continuidade da festa e principalmente a imagem de Gramado.   

Para a acupunturista Lúcia Catuci, 48 anos, o envolvimento da comunidade nessa e em outras futuras manifestações em prol da honestidade é de extrema importância. “Eu acredito que desse modo, talvez seja possível fazer com que essas pessoas parem e reflitam antes de tomar atitudes como essas. O pior é que é dinheiro público, que pertence ao município, e que poderia ser investido em saúde pública ou em educação”, comenta inconformada.

Mara Silva, 58 anos, é esteticista, e viveu por mais de duas décadas fora do país. Residindo em Gramado atualmente, ela lamenta o ocorrido e também o crescimento assustador dos casos de corrupção no país. “Quando voltei, eu esperava encontrar um Brasil, mas me deparei com outro, bem diferente. Fiquei chocada, porque sempre achei Gramado uma cidade tão certinha, tão boa para morar! Não pensei que isso pudesse acontecer aqui”, desabafa.

Para as duas moradoras, que vão integrar a manifestação do dia 07, a melhor maneira de enfrentar a corrupção é perdendo o medo de externar a indignação, apontando os culpados e exigindo justiça. “Muita gente tem receio de falar, de agir contra isso tudo, porque sabe que aqui todo mundo se conhece e quem reclama, acaba sendo marcado e prejudicado pelos que tem interesse em deixar tudo como está”, conclui Lúcia. 
  

Texto e foto: Débora Chiari - Acadêmica de Jornalismo

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